domingo, 15 de novembro de 2009

Também as estrelas são raras


É a certeza da incerteza que nos faz querer continuar.
Que nos faz querer mostrar mais e melhor. Pouco importa de onde vem a força que temos, se vem de dentro ou do exterior. O que interessa é que a temos.
É por saber que o que sabemos ainda é pouco e será sempre pouco que continuamos a querer saber. Caminhamos em direcção ao infinito que sabemos que jamais alcançaremos.
Em direcção ao dia que permanecerá sempre escuro. Apesar de haver algumas estrelas; poucas é certo, mas estão ali. Existem. Insistem. Persistem. Como NÓS.
É triste saber que o que o nosso punho agarra é só do tamanho da nossa mão - é por isso que não podemos agarrar as estrelas. Nem sentir a sua textura.
Só podemos contemplá-las. Projectá-las na nossa mente. Idealizar a intensidade da sua luz. Mas nunca tocá-las. Nunca dizer-lhes ao ouvido que nos dão esperança.
E é por isso que nos fazem querer ser incertas. Porque não nos dão certezas que se dissipam tal e qual o pó, que por acaso, cabe na nossa mão.


As estrelas não são vistas de dia e de noite são raras, aparecem pouco no céu. Mas brilham. E brilharão sempre mais enquanto a Humanidade se preocupar com os que sofrem em silêncio. Enquanto houver quem acredite que A União FAZ a Força

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